Revista Rua


Proposta de revisão epistemológica da teoria da Arquitetura de John Ruskin
A proposal of epistemological revision of John Ruskin's theory.

Claudio Silveira Amaral

 

A Arquitetura Ruskiniana
 
3
John Ruskin Oxford: Ashmoleum Museum, 1997, p. 65.
 
A criação, em Ruskin, relaciona-se a um Deus criador da natureza imitado pelo homem.  O homem, assim, como o divino, é um arquiteto. Ao falar de criação em os Pintores Modernos, Ruskin se refere, primeiro, à pintura e, depois, à arquitetura quando concluiu ser esta a maior das artes. Em As Sete Lâmpadas da Arquitetura e em As Pedras de Veneza, associou a lógica de sua concepção de natureza à arquitetura.
Uma leitura mais cuidadosa das idéias arquitetônicas de Ruskin passa necessariamente pela abordagem de suas considerações sobre a forma pictórica. A forma arquitetônica em Ruskin deriva de suas idéias sobre a pintura, na qual conceitos similares serviram tanto para a arquitetura quanto para a pintura e natureza.[20]


[20] Este assunto encontra-se nos cinco capítulos de os “Pintores Modernos”. Por sua vez, as idéias de arquitetura de Ruskin encontram-se nos três volumes de “As Pedras de Veneza”. Quanto aos conceitos utilizados nessa última obra, Ruskin as desenvolve em “As sete Lâmpadas da Arquitetura”.