Há, consecutivamente, o texto, a materialidade significante que se apresenta de tal forma, como um arranjo de linguagem articulado, não transparente,
dentro de um sistema de relações discursivas. O discurso estruturado pela língua tem um funcionamento que se significa por distintas condições de produção. No caso do texto da Ata, a materialidade é compreendida como unidade significante de sentido, de autoridade, de asserção em relação aos efeitos que ela produz, enquanto lugar simbólico de instituição da terra. Conseqüentemente, pelo gesto da formulação, a ordem da língua está sujeita à repetição. Todavia, não se trata de uma maneira mecanicista de compreender esses efeitos quando observados pelo lugar discursivo, já que há uma injunção do sujeito à interpretação
[17]. Pelas análises, compreendemos que a língua é passível de jogo e que esse jogo constitui, na textura do discurso, a complexidade de se observar, pelo funcionamento, o trabalho da ideologia.