A questão da constituição do sentido, do sujeito e da ideologia torna-se determinantemente forte para o analista (PÊCHEUX, 1995). Dito de outra forma, a ideologia é a própria realização do sujeito e sentido se constituindo de forma simultânea, o que permite ampliar a discussão e pensar no sujeito assujeitado à língua para significar. Ainda em Pêcheux, “o sujeito é desde sempre um indivíduo interpelado em sujeito.” Em Orlandi (2009), é possível compreender a teorização sobre o sujeito constituída por dois movimentos diferentes, mas inseparáveis. A autora explica que em um primeiro movimento parte-se do indivíduo de natureza psico-biológica denominado
indivíduo 1. Esse primeiro movimento permite compreender a interpelação do indivíduo em sujeito pela ideologia, na materialidade simbólica, o que constituí a forma-sujeito-histórica. Ou seja, todo indivíduo para se significar como sujeito sofre o processo de interpelação. Ainda em Orlandi
[11], compreendemos como ocorre o processo de individualização do sujeito. Isto é, com a forma-sujeito-histórica constituída é que se dá o que a autora considera como
processo de individualização do sujeito. Assim, “a forma-sujeito-histórica do sujeito moderno é a forma capitalista caracterizada como sujeito jurídico, com seus direitos e deveres e sua livre circulação social.”
[12]Aqui,