Revista Rua


Denominação: um percurso de sentidos entre espaços e sujeitos
Denomination: a course of senses among places and subjects

Greciely Cristina da Costa

sustentam as evidências dos sentidos, funcionando como um instrumento de estabilização dos discursos” (p. 11). Nele, favela[3] é definida da seguinte maneira:
 
         
            O modo como se estrutura no espaço urbano, o local onde se concentra nesse espaço, a característica da construção, a falta de recursos higiênicos e a que tipo de população se destina definem favela. Não se enuncia casa, não se enuncia precário, se enuncia a falta, mas não a necessidade de água, de esgoto, nem se enuncia morador. Talvez, dessa acepção derive, entre outras, a seguinte paráfrase: Favela é onde o mais pobre mora.
            Para o Un-Habitat, agência das Nações Unidas, favela é “uma área degradada de uma determinada cidade caracterizada por moradias precárias, falta de infraestrutura e sem regularização fundiária”. Degradação, precariedade, falta de infraestrutura são características que recaem sobre a inferioridade da estrutura das moradias e da área na qual se localizam na cidade, e ainda, a condição irregular da área aparece nesta definição.
            O nome favela em ambas as acepções remete à estrutura urbana, no que diz respeito à descrição física, que é inferior e, em relação à irregularidade de propriedade da terra. Favela dá então nome a irregularidades urbanas.
É importante dizer que esse verbete e o que transcrevemos abaixo foram extraídos do dicionário online de português. Em dicionários como esse, elementos tais como prefácio e data não são inseridos na rede digital, corroborando o efeito de


[3] Disponível em: http://www.dicio.com.br/favela/. Acesso em setembro de 2011.