Revista Rua


Do Repetível ao Historicizado: Notas Sobre uma Prática de Sentidos
(From the Repeatable to the Historicized: Notes About a Practice Of Senses)

Rejane Maria Arce Vargas

Figura 02 – Representação analítica do funcionamento da designação ‘ponte’
 
No círculo maior, onde se encontra a designação ponte ao alto, agrupamos as estruturas lingüístico-discursivas que determinam, especificam e predicam o pontilhão, apontando para a significação ‘ponte’, levando em conta que “as coisas são referidas enquanto significadas” (GUIMARÃES, 2005: 10). No círculo abaixo e à direita, reunimos as estruturas verbais que têm como agentes o ‘eu’ e o ‘nós’, as quais asseguram a dimensão subjetiva e política que envolve o nome, impondo uma divisão ao dizer, divisão característica do político que assevera um fazer cooperativo e configura um modo de ‘habitar’ o sentido fragmentado dos saberes discursivos dispersos que compõem o discurso na comunidade. O terceiro círculo, menor e mais abaixo, compreende as nomeações atreladas às estruturas verbais que dão conta de um conjunto de ações que configuram o processo empreendido para a efetivação da ponte, de forma que um aparentemente singelo pontilhão passa a ser designado por ‘ponte’, pois “o que se diz é incontornavelmente construído na linguagem” (cf. GUIMARÃES, 2005: 07).