que brotam lágrimas em solidão ...
líquidas vidas
num curso a cursar
num discurso de lidas
pelas margens das histórias
e das geografias per-seguidas
estórias de imagens des-contraídas
de saberes ancestrais
de agricultores tradicionais
em retângulos a sentimentar ângulos
óbvios e obtusos
de esquinas imagéticas
em cotidianos de vidas ...
toda lágrima
chega um dia a sua inundação
as lágrimas dos olhos d’água
sem precisão de uma razão
pela gravidade ao rio se dão
e na foz do mar deságuam
se abrindo a uma nova imensidão
lágrimas resgatadas
num livro escrito a várias mãos
de junto ao povo amigo
que brotam lágrimas no sertão...
lagrimar do sertão - José de Barros, verão 2010/2011, Serra Grande/BA.
Referências Bibliográficas
ANDRADE, E. C. P.; BRITO, L. D.; PINTO FILHO, J. B.; BAU, E. A. (2010) Olhares cotidianos entrelaçando saberes, culturas, bio-logias através da fotografia. Revista da SBEnBio, n. 03, pp. 2467- 2476.
BARTHES, R. (1986) Lo obvio y lo obtuso. Imágenes, gestos, voces. Barcelona, Editora Paidós.