Atividade comercial na Zona Norte de Natal: análise das ruas de comércio tradicional


resumo resumo

Rita de Cássia da Conceição Gomes
Soneide Moura da Costa
Joabio Alekson Cortez Costa



Fernandes (2000), ao analisar a realidade portuguesa, compreende o comércio tradicional como uma classe da atividade comercial que se contrapõe às novas formas comerciais (centros comerciais, hipermercados, supermercados, grandes superfícies especializadas etc.) no contexto da “Revolução Comercial”, caracterizada em linhas gerais pela introdução de novas formas de organização e gestão das atividades no interior dos estabelecimentos comerciais, introdução de novas tecnologias, novas formas de venda e a implantação do autosserviço.

Para Fernandes (2000, p.10)o aparelho comercial tradicional, é formado por pequenos estabelecimentos, generalistas ou especializados na oferta de um número reduzido de produtos afectos a ramos de actividade específicos” e são geridos essencialmente por pequenos empresários, comerciantes independentes e pequenas sociedades por quota.

Nesse sentido, concordamos com o ponto de vista de Salgueiro (1996, p. 124), sobre a importância dos tradicionais pequenos comércios presentes nos bairros da cidade: “As grandes superfícies nunca poderão anular completamente o pequeno comércio, pois há muita coisa que será sempre preciso adquirir ao pé da porta e até em horas menos normais”. De acordo ainda com a referida autora (Ibidem, p. 4),

 

É a forma tradicional do comércio, caracterizada pela presença de empresas de dimensões relativamente modestas, e continua largamente maioritária em todos os países, embora a sua quota no volume de transações tenha vindo a reduzir-se e deva continuar a diminuir. O processo de concentração será o motor das formas seguintes.

 

O comércio tradicional é também comércio de proximidade, este mais associado às práticas de negócio, de gestão e de atividades diárias menos modernas, contudo, não obsoletas. Para Barreta (2012, p. 71),

 

O comércio de proximidade terá de apostar nos clientes e não tanto nos consumidores, isto é, o seu negócio deve ser trabalhado em prol do cliente-pessoa (único e conhecido) e não tanto do cliente-consumidor (mais um e, teoricamente, menos conhecido).

 

O tratamento personalizado com o cliente; a organização simples do estabelecimento; o pequeno, mas significativo, estoque de mercadorias; e a quase completa ausência de publicidade constituem algumas características comuns às atividades de comércio de proximidade. Assim,