A língua, os museus e os espelhos


resumo resumo

Larissa Montagner Cervo



 

Imagem 2 – Instalação no andar de entrada do Mundolingua. Fonte: Arquivo pessoal.

Imagem 2 – Instalação no andar de entrada do Mundolingua. Fonte: Arquivo pessoal.

 

Recentemente produzimos uma análise (CERVO, 2014) a respeito da Linha do Tempo (Imagem 3), um setor do Museu da Língua Portuguesa que apresenta cronologicamente a evolução dessa língua, desde os primeiros relatos de sua origem até o seu desenvolvimento no espaço de enunciação brasileiro, terminando em um espelho, relativo aos anos 2000. No nosso gesto de interpretação, a história da origem e do passado da língua é contada a partir do já-dito pelos instrumentos linguísticos; já a história do tempo presente e a projeção de futuro se constrói a partir da ideia de que é o sujeito o responsável pela evolução. Pensando na questão da temporalidade das línguas, é sabido que o tempo de uma língua não é necessariamente o tempo do ser humano; ela pode ultrapassá-lo, mas a ideia do espelho é a de que todos se sintam parte da história, a partir das práticas do tempo presente.

 

Imagem 3 – Instalação do Museu da Língua Portuguesa. Fonte: Arquivo Pessoal.

Imagem 3 – Instalação do Museu da Língua Portuguesa. Fonte: Arquivo Pessoal.