Política de línguas, circulação de jornais e integração em cidades-gêmeas da fronteira.


resumo resumo

Andréa F. Weber



 

Jornal local

Circulação

Línguas usadas

A Folha Regional

BR

Portuguesa

Manchete Regional

BR, UY

Portuguesa e espanhola

A Plateia

BR, UY

Portuguesa e espanhola

Folha de Quaraí

BR,UY

Portuguesa e espanhola

Folha Barrense

BR, UY, AR

Portuguesa e espanhola

Diário da Fronteira

BR

Portuguesa

Folha de Itaqui

BR

Portuguesa

Folha de São Borja

BR

Portuguesa

A Gazeta do Povo

BR

Portuguesa

Jornal da Fronteira

BR, AR

Portuguesa e espanhola

Tribuna Regional

BR

Portuguesa

A Gazeta do Iguaçu

Não consta

Portuguesa

Jornal Rio Paranazão

Não consta

Portuguesa

O Liberal

Não consta

Portuguesa

Jornal Regional

BR

Portuguesa e espanhola

Tribuna da Fronteira

BR

Portuguesa

Tribuna Murtinhense

Não consta

Portuguesa

Jornal local

Circulação

Línguas usadas

A Folha Regional

BR

Portuguesa

Manchete Regional

BR, UY

Portuguesa e espanhola

A Plateia

BR, UY

Portuguesa e espanhola

Folha de Quaraí

BR,UY

Portuguesa e espanhola

Folha Barrense

BR, UY, AR

Portuguesa e espanhola

Diário da Fronteira

BR

Portuguesa

Folha de Itaqui

BR

Portuguesa

Folha de São Borja

BR

Portuguesa

A Gazeta do Povo

BR

Portuguesa

Jornal da Fronteira

BR, AR

Portuguesa e espanhola

Tribuna Regional

BR

Portuguesa

A Gazeta do Iguaçu

Não consta

Portuguesa

Jornal Rio Paranazão

Não consta

Portuguesa

O Liberal

Não consta

Portuguesa

Jornal Regional

BR

Portuguesa e espanhola

Tribuna da Fronteira

BR

Portuguesa

Tribuna Murtinhense

Não consta

Portuguesa

Quadro 2- As línguas dos jornais fronteiriços

 

A interpretação do quadro mostra que dos 17 jornais estudados, 11 usam apenas a língua portuguesa em sua enunciação. Isso já nos permite concluir que há uma primazia no uso dessa língua entre os jornais brasileiros das cidades-gêmeas fronteiriças. Podemos refletir, em consonância com Mariani (2008, p. 26), que esse dado aponta para o fato de que funciona, no Brasil, um imaginário de unidade que coaduna língua portuguesa e Estado Nacional, o qual coloca língua nacional e nação (povo) em uma “relação especular e de unidade imaginária”. Nesse caso, jornais do Brasil se associariam “naturalmente” à língua portuguesa, que é a língua nacional do país. Ainda, segundo a autora (2008), nação e língua nacional são imaginadas em uma homogeneidade política necessária que apaga a heterogeneidade historicamente constitutiva dos seus processos de constituição. Em se pensando nas cidades-gêmeas fronteiriças, isso significa que a heterogeneidade linguística característica da comunidade local (Sturza, 2005) é apagada em prol da língua nacional do país do qual cada cidade faz parte.