A expansão urbana de Americana e a questão regional


resumo resumo

Geise Brizotti Pasquotto
Paula Francisca F. da Silva
Luana de Souza e Sousa
Viviane Garcia
Mariana Scarpinatte M. da Silva



Nesse contexto, percebe-se que a expansão industrial desse período influenciou diretamente no surgimento de outras atividades, o aumento da população, a expansão da ocupação do espaço urbano e a economia local diferenciada (TRENTIN, 2008, p.33).

 

Década de 1950 a 1980 | O crescimento territorial por meio de vazios urbanos

A década de 1950 foi marcada pelo crescimento populacional e econômico, gerando maior crescimento industrial do que a década anterior. Nesse período foi introduzida nas indústrias têxteis a produção de fibras e tecidos sintéticos, com modernas instalações e capital estrangeiro. A empresa mais expressiva instalada na época foi do grupo milanês Fibra.

O crescimento populacional triplicou, gerando uma população urbana de 9.425, enquanto a população rural quase se mantém como da última década, com 6.658 habitantes. Com este grande crescimento, aumentou-se cada vez mais a densidade populacional do município, contribuindo com o processo de expansão da sua malha urbana.

Junto a esse intenso crescimento a especulação imobiliária ganha força e conduz a implantação das áreas industriais em locais mais lucrativos para as empresas, em áreas afastadas do centro. Segundo Lima (2002, p. 57) este processo induziu as políticas públicas a levarem melhorias de infraestrutura a esses locais.

Neste período a mancha urbana começou a se expandir predominantemente de Noroeste a Sudoeste, devido à dispersão das indústrias, que induziu a ocupação de novos núcleos urbanos. Percebe-se na Figura 5 (p.144) um predomínio de novas áreas distantes do tecido urbano já constituído, com algumas áreas ao longo das rodovias. Segundo Trentin (2008, p. 42) “o sistema viário passou a ser visto como mais eficiente na época e as ferrovias passaram a ser deixadas de lado”.

Apesar do aumento do valor da terra, os edifícios despontaram de forma rápida, modificando a paisagem da cidade. Americana ainda não apresentava um Plano Diretor definido para o município e convida-se o engenheiro Prestes Maia para a elaboração do mesmo. Americana carecia de orientações que representassem um plano futuro para a cidade, com vias de ligações entre os bairros; definição das zonas comerciais, industriais e residenciais; áreas livres destinadas à educação, aos parques e jardins; regulamentação das terras, lotes e glebas, valorizando a propriedade (LIMA, 2002, p. 58).

A partir de 1955 e ao longo da década de 1960, surgiram novas relações de trabalho, provindas do comércio internacional de bens agrícolas e agroindustriais e do