Produzindo o sentido de um nome de cidade


resumo resumo



Dado o que falamos acima (e muito decisivamente a questão do memorável que colocamos a partir da marchinha de André Filho), claramente podemos considerar que a enunciação de (1) faz falar uma voz genérica que sustenta o sentido do que se afirma em (1), ou mais especificamente, a predicação O Rio de janeiro é uma cidade Maravilhosa. E mais que isso, faz falar uma voz genérica que sustenta a identidade de sentido O Rio de Janeiro é a cidade maravilhosa. Ou seja, (1) significa sentidos que, como já dissemos, estão no que podemos parafrasear por:

 

  1. O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa.

E por:

  1. O Rio de Janeiro é a cidade maravilhosa.

 

Assim teríamos:

 

(1’’)  Egco - O Rio de janeiro é uma cidade Maravilhosa

- O Rio de Janeiro é a cidade maravilhosa

l-oficial             al–“turista

Eind - Rio de Janeiro – Cidade Maravilhosa

 

Ou seja, a reescrituração de Rio de Janeiro por Cidade Maravilhosa em (1) significa um passado de sentido que se significa no acontecimento pelo que a voz genérica aí diz. Assim “cidade maravilhosa”, ao reescriturar “Rio de janeiro”, significa todo um passado de sentidos das enunciações aí rememoradas: a nomeação da baía em 1502, a nomeação da cidade por São Sebastião, no momento da sua fundação no século XVI, a renomeação da cidade como Rio de Janeiro, os relatos sobre o uso da expressão para qualificar o Rio de Janeiro, a marchinha de André Filho, os títulos das obras La Ville Merveilleuse, Rio de Janeiro e Cidade Maravilhosa, etc.

E ao significar tal como em (1’’), faz passar de uma construção de sentido a um sentido como verdade para todos.

 

O Funcionamento de um Epíteto

Considerada a análise dos sentidos de (1) como apresentado em (1’’), podemos nos perguntar pela diferença de sentidos do aposto em:

 

  1.