A expansão urbana de Americana e a questão regional


resumo resumo

Geise Brizotti Pasquotto
Paula Francisca F. da Silva
Luana de Souza e Sousa
Viviane Garcia
Mariana Scarpinatte M. da Silva



técnicas agrícolas, como o arado a tração animal, trazidas pelas famílias sulistas estadunidenses.

Consta que a vila teve seu desenvolvimento efetuado de maneira muito mais rápida que outras contemporâneas do interior de São Paulo, graças à sua situação como ponto de passagem da produção agrícola de Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste, além daquela de sua própria lavoura. Havia trens diários para Campinas e para a própria capital do estado, garantindo o crescimento do pequeno núcleo pelo contato cultural e comercial com essas cidades maiores (LIMA, 2002, p.44).

 

Por meio da análise da Figura 4, percebe-se que até a década de 1930 o tecido urbano de Americana caracterizou-se por um crescimento contínuo e concentrado nos arredores da estação ferroviária. A ferrovia foi o principal agente indutor do crescimento da mancha urbana, já que até então as áreas rurais eram maioria e, consequentemente, o trabalho no campo.

Devido ao processo de industrialização e modernização da área rural das cidades, a mão de obra no campo já não era mais tão utilizada. A atividade têxtil destacou-se nesse processo de industrialização do município de Americana, desde a formação do núcleo urbano, - fato que impulsionou o crescimento socioeconômico da cidade-, tornando-o um município importante para a região. Ainda nesse período, a cidade recebeu melhoramentos urbanos, como a remodelação da Avenida Dr. Antônio Lobo (que na época era a principal avenida da cidade, e hoje continua sendo uma importante conexão entre o centro e os bairros mais periféricos), três novas praças (a Praça da Matriz de Santo Antônio; a Praça Quinze de Novembro, próximo ao mercado central; e a Praça Basílio Rangel, onde hoje é o “Calçadão” da cidade), a pavimentação de outras vias e a construção de um jardim público central (onde hoje é a conhecida Praça Comendador Muller que abriga a biblioteca municipal) (LIMA, 2002, p. 49).

A partir da década de 1940, a expansão industrial acelerou-se no município, principalmente no setor têxtil, com o surgimento dos fios artificiais, que virou a principal atividade econômica da cidade de Americana, conhecida hoje como a “Princesa Tecelã”. No entanto, com a Segunda Guerra Mundial, a principal indústria da cidade, a Carioba, foi vendida e sofreu com a decadência, passando a fazer parte da estrutura da indústria local (TRENTIN, 2008).