Pêcheux (1997, p. 162) afirma que “[...] o próprio de toda formação discursiva é dissimular, na transparência do sentido que nela se forma, a objetividade material contraditória do interdiscurso, que determina essa formação discursiva”. Essa objetividade material, segundo o autor, reside no fato de que quem fala, inscreve-se o seu dizer em uma anterioridade, que vem de um outro lugar e que independe, portanto, da vontade e da determinação do falante.
[1] Tomamos os dois esquecimentos, conforme descreve Pêcheux (1997, p.183, NR. 33), como “[...] acobertamento da causa do sujeito no próprio interior de seu efeito”. Assim, o esquecimento número 1 é da ordem da ideologia, que interpela o indivíduo em sujeito, e o número 2, que é da ordem da enunciação, pois o sujeito “esquece” que ele não é a fonte e nem a origem do dizer.
[2] Pêcheux (1997, p. 162) afirma que “[...] o próprio de toda formação discursiva é dissimular, na transparência do sentido que nela se forma, a objetividade material contraditória do interdiscurso, que determina essa formação discursiva”. Essa objetividade material, segundo o autor, reside no fato de que quem fala, inscreve-se o seu dizer em uma anterioridade, que vem de um outro lugar e que independe, portanto, da vontade e da determinação do falante.