linguagem” e“sujeito da ideologia”, tentando discernir “as relações entre a “evidência subjetiva” e a “evidência do sentido””. Isso significa quese afastar da subjetividade psicológica como princípio explicativoé necessariamente tomar a “evidência subjetiva” na relação com a “evidência do sentido”, buscando as determinações históricas ao invés de contingênciasque afetam indivíduos em seus gestos e em suas vidas.
Retomo Pêcheux(1990a)para reafirmar a força da trilogia subversiva Marx-Freud-Saussure no “desafio intelectual” de colocar “em causaas evidências da ordem humana como estritamentebio-social”:
“Restituir algo do trabalho específico da letra, do símbolo, do vestígio, era começar a abrir uma falha no bloco compacto das pedagogias, das tecnologias [...], dos humanismos moralizantes ou religiosos: era colocar em questão essa articulação dual do biológico com o social (excluindo o simbólico e o significante). Era um ataque dando um golpe no narcisismo (individual e coletivo) da consciência humana [...] um ataque contra a eterna negociação de “si” (como mestre/escravo de seus gestos, palavras e pensamentos) em sua relação com ooutro-si.” (p.45)
Focar a insensibilidade do socialpelo viés dascontingências que afetam a vida dos indivíduosé uma maneira deceder às tentaçõesestabelecidas por Pêcheuxno que diz respeito ao equívoco, já que as determinações históricas ficam reféns de intenções subjetivas, localizadas no espaçode um humanismo que oscilaentre o bem e o mal.
Bibliografia
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