O discurso na rede eletrônica e o Google: o movimento LGBT em destaque


resumo resumo

Gustavo Grandini Bastos
Dantielli Assumpção Garcia
Lucília Maria Abrahão e Sousa



procurados é atualizado constantemente e esse volume continua crescendo. Os arquivos sobre tais temáticas não cessam de crescer. Ao buscarmos na página do Google, temos como resultado discursos variados sobre os LGBT, de aceitação ou não, mas que são recuperados com a pesquisa na página. Nesse sentido, o sujeito busca acessar os dizeres que tenham relação com seus interesses, inclusive, muitas vezes inscrevendo seus próprios dizeres nessas páginas, sejam de aceitação ou reprovação aos homossexuais.

Com o aporte teórico da AD, buscamos pensar como a rede eletrônica permite a inscrição de sentidos sobre a homossexualidade, o acesso a arquivos variados sobre questões inúmeras, colocando em jogo sentidos inscritos em outros contextos sócio-históricos, mas que, com a rede eletrônica, são postos em jogo como se fosse parte de um mundo único, globalizado, sem fronteiras. Contudo, para acessar o indicativo de mudança é necessário o conhecimento do evento que possibilitou a abertura a outros dizeres sobre o movimento LGBT, ou seja, ao que é legitimado como um evento de relevância no contexto norte-americano. Para que haja a mudança – a descoberta da tomada de posição da equipe do Google de apoio aos grupos LGBTé preciso que o sujeito-navegador se inscreva em uma FD de interesse por busca dessas temáticas, para inscrever os sentidos sobre o tema (positivos, negativos, etc.). É necessário o discursivo para que ocorra uma mudança tecnológica. Como num passe de mágica, para acessar uma nova forma de navegar, é fundamental que haja o uso de outro idioma, não basta, como apresentado anteriormente (figuras 1 e 2), usar termos ligados ao universo LGBT, deve haver a filiação à FD na qual o evento comemorado ocorre, no caso, a mudança de uma lei nos EUA.

A modificação da lei nos EUA que perpetuava o preconceito contra os LGBT, já que só identificava como casais pessoas em relações heterossexuais, dialoga com dizeres de não aceitação dos homossexuais no Ocidente, nos quais a negação de direitos e discursos negativos sobre os sujeitos que não se enquadrem na relação heterossexual eram condenados, nos mais variados espaços, inclusive no dos dizeres jurídicos. A exclusão desses sujeitos no espaço jurídico é uma forma de fazer circular discursos de não aceitação de orientações sexuais diferentes da heterossexual, assim como de suas relações amorosas e sexuais, de modo que a inconstitucionalidade da lei DOMA nos EUA permite outros dizeres e condições de vivência, do amor e da sexualidade, por esses sujeitos.

Não basta desejar estar inserido na outra forma de navegação, na página outra. O sujeito-navegador deve saber acessá-lo, com os termos certos, na linguagem que