Esta imagem foi reproduzida por diversos meios de comunicação e aparece comentada no site de notícias daDeputada Benedita da Silvacomo segue:
Para render homenagem à categoria, a deputada Benedita presidiu a sessão trajando o uniforme de doméstica, profissão por ela já exercida. “Não é demagogia estar aqui. É algo da pele, do coração,dasveias edaluta”, afirmou Benedita. “Estar aquisignifica que nós trabalhadores domésticos podemos, dentro do entendimento, fazer com que todos os segmentos comoo governo, Congresso Nacional, federação eoutras organizações de trabalhadorespossam estarconosco nessa grande batalha”,enfatizou a petista.(http://www.beneditadasilva.com.br/sessao-solene-prestahomenagem-as-trabalhadoras-domestica/)
Nas declarações da Deputada encontramos ressignificada a menção a um corpo e uma cara de empregada doméstica, cujos sentidos pejorativos, como vimos,estão presentes e naturalizados na sociedade brasileira. A imagem da Deputada no estrado parlamentar, flanqueada pela bandeira do Brasil, discursando em trajes de doméstica, metaforiza visualmente o processo deempoderamentoda mulher negra que resultou das práticas de resistência de classe, de gêneroe racialempreendidas coletivamente. Representar-se/identificar-secomo doméstica pela vestimenta “não é demagogia, é algo da pele, do coração, das veias e da luta”.
Ainda na esteira desse processo demetaforizaçãoqueressignificaa empregada doméstica como sujeito ícone da resistência à dominaçãoracialeàexploraçãode classe, temosas imagens e os enunciados darecente campanha publicitária do Tribunal SuperiorEleitoral (TSE) denominadaMulher na política,lançada em19 de março de 2014.