A expansão urbana de Americana e a questão regional


resumo resumo

Geise Brizotti Pasquotto
Paula Francisca F. da Silva
Luana de Souza e Sousa
Viviane Garcia
Mariana Scarpinatte M. da Silva



Noroeste a Sudoeste. Com este processo de intensificação da expansão urbana, nota-se a conturbação com as cidades vizinhas de Santa Bárbara D´oeste e Nova Odessa (Figura 5, p.144).  Conforme Caiado e Pires (2006, p. 282), Americana apresenta-se como “centro sub-regional, cuja dinâmica impactou diretamente no crescimento de Santa Bárbara D’Oeste e Nova Odessa”.

 

Décadas de 1990 a 2000 | o pequeno crescimento às margens do território

Na década de 1990 inicia-se a instalação de condomínios e loteamentos fechados[4], bem como a ocupação urbana nos distritos industriais, principalmente ao redor de estabelecimentos de grande porte. Os loteamentos e condomínios foram se instalando horizontalmente no município. Alguns em áreas mais afastadas do centro da cidade, outros mais próximos, alguns sem nenhuma preocupação com os recursos da natureza, gerando problemas ambientais. Além desta ocupação mais espraiada, paralelamente percebe-se nas áreas mais centrais, o processo de verticalização das moradias.

O setor têxtil entrou em crise a partir desta década e atingiu a região de Americana, acarretada principalmente pelo sucateamento do parque industrial e a abertura do mercado de tecidos estrangeiros, com destaque para os asiáticos. Neste contexto, muitas indústrias foram fechadas e outras transferidas para o Distrito Industrial. Conforme Trentin (2008, p. 108), “essa situação influenciou na dinâmica de uso da terra local, pois acabou arrefecendo o ritmo de crescimento acelerado, principalmente em relação à expansão da mancha urbanizada”.

Neste período o crescimento do tecido urbano foi bem menor do que nas décadas anteriores e concentrado nas extremidades da cidade, em dois eixos: Noroeste a Nordeste e Sudoeste a Sudeste.

Na década de 2000 Americana apresentou uma área de 133 km² de município, sendo 92 km² de área urbana ocupada, 32 km² de área rural e 9 km² distribuídos na vasta represa de Salto Grande, e sua população, neste período, atingiu os 182.593 mil habitantes (IBGE, 2000).

O fator localização, associado à presença de importantes eixos viários, favoreceu a expansão urbana e o aumento populacional dos municípios do entorno de Campinas, adquirindo características de região metropolitana com grande influência além de seus limites territoriais (TRENTIN, 2008, p. 62).

 



[4] A informação sobre a implantação de condomínios e loteamentos fechados no município de Americana foi obtida através de entrevista com técnicos da Prefeitura e a mesma foi localizada no mapa da década referente, conforme consta da Figura 2.