Movimentos da contemporaneidade: a rua, as redes e seus desencontros


resumo resumo

Cristiane Dias
Marcos Aurélio Barbai
Greciely Cristina da Costa



definição, isto é, há três elementos semânticos (os jovens, os lojistas e os policiais) cada um marcado no espaço social, com sinais e atributos que lhe são constitutivos, na sociedade capitalista: a juventude (da periferia) como da ordem daqueles que não tem essência, cuja a natureza é o desinteresse, a transgressão, a festa; os lojistas que veem nos jovens uma massa desprovida do capital (porque não estão inseridos no mercado de trabalho e, portanto, não são consumidores com renda) e a polícia que deve se ocupar da segurança da propriedade privada e do espaço público, combatendo os criminosos.

Uma vez no shopping somos todos individuados como consumidores. Mas a presença dos jovens no Shopping Center, em reposta a um convite da rede social produz aí um equívoco: uma desestabilização do espaço e de sua finalidade. Essa massa de jovens que combina de se encontrar no shopping torna-se um problema a ser administrado.

O rolezinho dos jovens da periferia é um movimento espontâneo e fluído que procurar significar o Shopping Center como um lugar público, tal qual a rua, em que todos possam circular. A escolha do Shopping Center não é aleatória: ele é um espaço da economia de mercado e de consumo, cujos produtos todos querem atingir. A juventude da periferia, ao se apropriar de um espaço que lhe é negado no dia-a-dia, desafia a lógica da aderência ao espaço, em que cada tem teria seu lugar. Porém, uma vez ali o laço social é reduzido a um imaginário social que constrói e sustenta um estereótipo de juventude, que acaba sendo reduzida a um grupo criminoso. É isso que dá a ver, por exemplo, o segundo recorte: