A expansão urbana de Americana e a questão regional


resumo resumo

Geise Brizotti Pasquotto
Paula Francisca F. da Silva
Luana de Souza e Sousa
Viviane Garcia
Mariana Scarpinatte M. da Silva



avanço tecnológico da agricultura. Isso teve repercussão nas atividades urbanas, pois novas formas de comercialização e consumo foram introduzidas. Americana, seguindo o exemplo de outros municípios, com o forte crescimento econômico, apresentou também maior crescimento populacional e industrial (TRENTIN, 2008, p. 40). Percebe-se que o crescimento na década de 1960 é radial fragmentado, com a formação de diversos vazios urbanos e a transposição de maneira inicial da Rodovia Anhanguera. Nesse contexto de crescimento econômico, Trentin (2008, p. 43) afirma que “Americana sofreu mudanças representativas em sua configuração espacial urbana e também em seu setor industrial [...], sendo possível estabelecer o avanço industrial como elemento direcionador da urbanização”.

Com esse forte crescimento industrial, houve um grande volume de novos loteamentos, que visavam atender à acentuada demanda populacional. A partir deste momento, pode-se notar o crescimento da mancha urbana e a diminuição das áreas rurais da cidade. A grande quantidade de loteamentos em expansão nesse período demandou a necessidade de ordenar a expansão urbana, para que se evitassem os vazios urbanos e as descontinuidades (TRENTIN, 2008, p. 43). Foram propostos para Americana vários tipos de “modelos de cidades” e Prestes Maia propôs uma cidade-jardim. Porém, não foi muito aceito por ser um modelo de contenção, pois se imaginava que a cidade poderia ter uma dimensão de cem mil habitantes rapidamente, tornando-se uma cidade “centro regional” (LIMA, 2002, p.62).

O fim da década de 1960 e início de 1970 configurou uma nova fase para Americana, que começou a receber grande número de migrantes vindos da metrópole paulista para atender às empresas instaladas, principalmente ao longo das Rodovias Anhanguera e Luiz de Queiroz, caracterizando um novo momento de industrialização e urbanização local, com industriais transnacionais, relacionadas à logística.

Na década de 1970, foi consolidado o primeiro Distrito Industrial de Americana localizado a Nordeste da cidade, entre a Rodovia Anhanguera e a Represa Salto Grande (TRENTIN, 2008, p. 74). Nesse local instalaram-se as indústrias de grande porte como a Goodyear, Santista, Ripasa e outras (GOBBO et al., 1999, p. 56).

Em Americana esse período foi considerado tempos de prosperidade e expansão, com grande oferta de empregos gerados pelas indústrias que chegavam à cidade nessa época. Este crescimento também foi percebido em outras cidades da região, como Paulínia, Valinhos, Sumaré e Indaiatuba.