Nas imagens de Bia Porto (2010) ventam ventos de vida soprados em ciência e arte, aposta que já se articula na tese de doutorado Vida e Arte e Educação e(m) criações (ROMAGUERA, 2010). Expressão sem pressa. Bioarte, arte-vidante, (in)-ventação de encontros entre-seres. Arte e vida na provocação do desmantelamento da memória, pela/com/através da expressão. Pensar, pelas sensações com as obras de Eduardo Kac[6], uma relação de contato/contágio com sentidos de vida, educação e arte. Bioarte especificamente, no sentido de ressoar a vida em sua brutalidade, em sua complexidade, imemorial, caótica, indomável.
Para além da função-bio: organismo, vida organizada, o contágio em ambientes de micro vida. Vida viral: micro vida que depende de chegar perto, quer movimentar a ideia de fluxo, de vida. Arte úmida, transgênica, vida plugada, transumana... Possibilidades de interação seres/coisas:
Sou gente-bicho-planta,
bicho-im-plantado,
planta-em-bicho-em-gente,
biopartícula sou.
Microorganismos em
comunidades virais.
Estou... mutante.
Humanos/microorganismos/máquinas em composições, criações... Organismos em placas encharcadas de substância. Matéria reagente. Reage com gente. Rege a gente.
Maravilhamento assombroso, assombramento maravilhado: bioarte.
Pelas obras da bioarte que causam estranhamento, repulsa, pode-se pensar, pelo campo das sensações, outras possibilidades de sair desse aprisionamento da