Com a globalização econômica, surgem as cidades-globais, também chamadas de cidades mundiais, que fazem sentido no âmbito das relações econômicas internacionais, globalizadas, ao mesmo tempo em que tendem a produzir esquecimentos da relação entre cidade e município, cidade e Estado, cidade e seu entorno mais imediato. As cidades globais costumam ser cidades grandes e influentes economicamente, culturalmente, politicamente. Nesse sentido, elas se relacionam por sinonímia com metrópole, porém elas se distinguem desta por se ligar especificamente à conjuntura global.
O nome cidade-global não está presente no dicionário Aulete Digital (2015), mas consolidou-se como um termo de especialidade, introduzido por Saskia Sassen (2001), em referência a Londres, Nova Iorque e Tóquio, em sua obra "A Cidade Global" (The Global City), publicado pela primeira vez em 1991. Tal conceito se baseia na ideia de que a globalização criou, facilitou e promulgou locais geográficos estratégicos de acordo com uma hierarquia de importância para o funcionamento do sistema global de finanças e comércio.
Uma classificação das cidades globais é realizada em trabalhos relacionados ao Globalization and World Cities Research Network (GaWC), ligado ao Departamento de Geografia da Universidade de Loughborough, na Inglaterra. Ela distingue as cidades globais em três níveis: alfa, beta e gama, de acordo com o critério de "conectividade internacional".
Bibliografia
GLOBALIZATION AND WORLD CITIES RESEARCH NETWORK (GaWC). Disponível em: http://www.lboro.ac.uk/gawc/index.html. Acesso em 07 de abril de 2015.
SASSEN, Saskia. The Global City. Princeton: Princeton University Press, 2001.
TAYLOR, Peter James. World city network : a global urban analysis. London : Routledge, 2004.