monumento

José Horta Nunes

Segundo o dicionário Aulete Digital, monumento é definido como:

“1. Obra erigida em honra de alguém ou para comemorar algum acontecimento notável: monumento aos mortos da II Grande Guerra
2. Edifício grandioso, digno de admiração pela sua estrutura ou pela sua antiguidade” (AULETE DIGITAL, 2015)

O monumento é uma marca na cidade de uma memória cívica, histórica, fundadora. Ele é frequentemente acompanhado de uma arquitetura grandiosa, heroica, que expõe publicamente o corpo do Estado, da cidade, da nação.

Em diversas cidades brasileiras repetem-se as homenagens aos acontecimentos históricos, religiosos, políticos, aos personagens da vida científica e cultural, aos heróis de conquista, de guerra, de resistência. No século XX, as obras de arte modernistas também se inseriram no espaço público, promovendo as concepções modernas e de progresso.

Na atualidade, as identidades cívicas sobrem um certo desgaste. Algumas obras expostas no espaço público são danificadas, pichadas, em manifestações de indignação que significam a ausência do Estado na promoção e manutenção do espaço público e das referências identitárias do país, da cidade.

Com a diversidade social, surgem, além disso, as identidades sociais, culturais, comunitárias, e isso se reflete nas práticas do espaço urbano. Os monumentos de metal, de bronze, de valor elevado, são substituídos por obras de diferentes concepções e materiais, conforme a conjuntura em que eles se inserem. Em parceria com o poder público, os grupos comunitários participam da escolha dos monumentos a serem adotados e introduzidos nas praças públicas.

Há, desse modo, uma diversificação dos tipos de monumento, envolvendo diferentes materialidades, ligadas a práticas de diversos grupos sociais. Salientem-se também os monumentos que decorrem da visão ecológica, com reaproveitamento de materiais recicláveis, e ainda os que buscam lembrar os efeitos nefastos das guerras, das armas de destruição em massa, dos desastres naturais, enfim, os monumentos que ressaltam não as façanhas heroicas, mas que lembram as limitações humanas e as consequências da onipotência dos sujeitos, das nações, das ciências.

 

Bibliografia

AULETE DIGITAL – O DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: http://www.aulete.com.br/ru%C3%A3o#ixzz3UbUoZwXK. Acesso em 17 de março de 2015.

NUNES, J. H. Praças Públicas na contemporaneidade: história, multidão e identidade. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, 53(2): 157-168, Jul./Dez. 2011.

 








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