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Data de Recebimento: 21/03/2017
Data de Aprovação: 22/05/2017
1 Montenegro é claramente uma referência a Hugo Banzer, que governou a Bolívia entre 1971 e 1978 através de uma ditadura iniciada por golpe de estado e apoiada pelos EUA e pelo Chile. Em 1997, Banzer volta ao poder, desta vez por eleições diretas.
2 Fazemos aqui distinção entre a pichação, a escrita que busca deixar mensagens no espaço urbano com a finalidade de que sejam lidas e compreendidas (nos escraches, demarca-se, em geral, a proximidade do torturador, ressignificando o espaço público), e a pixação, como a ela se referem os jovens, muitas vezes oriundos das periferias, que demarcam este mesmo espaço com inscrições estilizadas nem sempre decodificáveis àqueles que não fazem parte de seu grupo.
3 Pode-se acompanhar a preparação para um escrache, além do próprio evento e depoimentos de envolvidos, no documentário “Mesa de escrache”, dirigido por Ignacio Lescano y Ronith Gitelman. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=iBQCXRXqPQg (Fevereiro 2014). Uma das organizadoras do evento afirma que “fazer justiça é uma festa”, pois transforma a dor numa potência. Reafirmando o caráter propositivo destas manifestações, outro organizador explica que “nós vamos pela vida e eles [os torturadores] a destroem”.
4 Diana Taylor, em sua análise da performance do grupo HIJOS, afirma que “os manifestantes oferecem um mapa alternativo do espaço sócio-histórico da Argentina” (TAYLOR, 2013, p. 233).
5 Aresolução n° 08 de 21 de dezembro de 2012, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, prevê que os termos “autos de resistência” e “resistência seguida de morte” sejam substituídos por “lesão corporal decorrente de intervenção policial” e “morte decorrente de intervenção policial”. A mudança do nome, ainda que não mude automaticamente as ações policiais, já é um passo ao assumir que a essas vítimas deve ser concedido pelo menos o direito a uma morte nomeada.
6 A versão de Criolo para a canção de Chico e Gil foi divulgada, como se disse, através do YouTube, não tendo sido registrada em nenhum álbum. A grafia dos termos “biate” e “coqueine” é relevante, então, por apresentar um tensionamento da língua (da variante padrão da língua) praticado pelo discurso do rap. A grafia abrasileirada dos termos ligados à tradição do rap norte-americano pode opor-se a uma determinada leitura do trabalho, mas é principalmente a performance vocabular que desloca os usos previstos da língua. Chama a atenção que a revista Rolling Sone opte por grafar a palavra “coqueine” em inglês (ainda que “biate” esteja grafada em sua versão brasileira — uma forma de amenizar o conhecido insulto de língua inglesa, substituindo-o por uma palavra desconhecida de seus leitores?), e que a entrevistadora Marília Gabriela aponte estes mesmos versos como um entrave à compreensão das letras do rapper. Cabe perguntar, aqui, quem não compreende os versos, e quem não sabe como grafá-los. Por não haver registro escrito autorizado pelo autor, as palavras compõem o repertório de um dizer poético (e popular) não restringível pelo arquivo. Cabe ainda ressaltar que essa discussão é importante em se tratando da obra de Criolo, autor de “Coccix-ência” e “Grajauex”, em que as palavras ganham, a partir de modificações léxicas e gráficas, múltiplos significados.
7 Forma como são chamadas as “assinaturas” dos pixadores.
8 O termo “coreopolícia”, criado por André Lepecki, refere-se à ordenação dos corpos exercida pelo aparato repressor, como se a polícia nos coreografasse em nossa utilização dos espaços urbanos. Cf. LEPECKI, 2012.
9 Produção que integra a trilha sonora do documentário “Cidade cinza”, dirigido por Guilherme Valiengo e Marcelo Mesquita, em que se discute a política oficial de apagamentos de grafites e pixações em São Paulo.
11 Verso da letra de “Mariô”, de Criolo.