As Secretarias de Educação (pelo menos, no RS), sob a determinação do Ministério de Educação, criaram cursos para "reciclar" os professores da rede pública, com o objetivo de prepará-los para essa mudança. Essa reciclagem foi muito rápida. Em primeiro lugar, visava familiarizar os professores com a nova legislação. E também procurava "modernizar" o ensino, nele introduzindo novos conhecimentos. Novamente refiro-me ao que sucedeu com professores atuando em Língua Portuguesa, em Porto Alegre, onde vários professores da rede pública eram oriundos de cursos universitários onde já se estudava a Teoria da Comunicação e a Análise Gerativa estava sendo aplicada à Língua Portuguesa. Esses conhecimentos deslizaram dos bancos universitários para os escolares sem muitos questionamentos. E isso sucedeu exatamente no momento em que os filhos das classes trabalhadoras estavam chegando à escola. Diria que esse alunado e suas necessidades estavam muito distante dos saberes dos professores que iriam com eles trabalhar.
[1] As Secretarias de Educação (pelo menos, no RS), sob a determinação do Ministério de Educação, criaram cursos para "reciclar" os professores da rede pública, com o objetivo de prepará-los para essa mudança. Essa reciclagem foi muito rápida. Em primeiro lugar, visava familiarizar os professores com a nova legislação. E também procurava "modernizar" o ensino, nele introduzindo novos conhecimentos. Novamente refiro-me ao que sucedeu com professores atuando em Língua Portuguesa, em Porto Alegre, onde vários professores da rede pública eram oriundos de cursos universitários onde já se estudava a Teoria da Comunicação e a Análise Gerativa estava sendo aplicada à Língua Portuguesa. Esses conhecimentos deslizaram dos bancos universitários para os escolares sem muitos questionamentos. E isso sucedeu exatamente no momento em que os filhos das classes trabalhadoras estavam chegando à escola. Diria que esse alunado e suas necessidades estavam muito distante dos saberes dos professores que iriam com eles trabalhar.