indivíduo para o âmbito do sujeito político, abrindo espaço para a concepção de um sujeito desejante na ordem do social.
Desse modo, a mística nas práticas do MST mobiliza o sujeito desejante cuja pulsão[1] é de natureza político-social. Essa pulsão político-social se materializa nas místicas que se fazem presentes nas práticas do MST e sustentam a produção coletiva do desejo dos sujeitos que se identificam com os saberes da FD Sem Terra[2]. Essas místicas podem assumir formas diferenciadas, visando todas o reforço da identificação desses acampados com a causa da FD Sem Terra e seus saberes. Por seu viés, seus organizadores buscam a construção de uma identidade Sem Terra. A mística é, pois, no contexto do MST, da ordem do político. Através dessas práticas ritualísticas, os acampados são capturados pela ideologia e se identificam com a Forma-Sujeito Sem Terra ou, ainda, por seu viés reafirmam sua identificação.
Segundo Freud (1915), a pulsão não se dá a conhecer por si mesma. Ela é reconhecida pelo viés das ideias (Vorstellung) e do afeto (Affekt).
Não estou afirmando que as místicas praticadas pelos sujeitos identificados com a Formação Ideológica que subjaz aos saberes do MST são a única forma de materialização da pulsão político-social que move esse coletivo. Mas entendo que elas sustentam a continuidade dessa identificação frente às adversidades a enfrentar em sua vida de acampados.
Segundo Marco Fernandes (2011), em sua série de artigos intitulada "Luta, que cura!", publicados no Site Passa Palavra ( http://passapalavra.info/2011/05/40366 ), frequentemente a mística tem sido considerada pelos acampados do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) como uma terapêutica, marcando, desta forma, a força política deste ritual e acentuando desta forma as relações já apontadas mais acima entre o Marxismo e a Psicanálise. Aproveito para agradecer ao Dr. Rodrigo Almeida Fonseca pela indicação destes artigos.
[1] Segundo Freud (1915), a pulsão não se dá a conhecer por si mesma. Ela é reconhecida pelo viés das ideias (Vorstellung) e do afeto (Affekt).
[2] Não estou afirmando que as místicas praticadas pelos sujeitos identificados com a Formação Ideológica que subjaz aos saberes do MST são a única forma de materialização da pulsão político-social que move esse coletivo. Mas entendo que elas sustentam a continuidade dessa identificação frente às adversidades a enfrentar em sua vida de acampados.
[3] Segundo Marco Fernandes (2011), em sua série de artigos intitulada "Luta, que cura!", publicados no Site Passa Palavra ( http://passapalavra.info/2011/05/40366 ), frequentemente a mística tem sido considerada pelos acampados do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) como uma terapêutica, marcando, desta forma, a força política deste ritual e acentuando desta forma as relações já apontadas mais acima entre o Marxismo e a Psicanálise. Aproveito para agradecer ao Dr. Rodrigo Almeida Fonseca pela indicação destes artigos.