As sequências de algumas entrevistas, nos possibilitam afirmar que, de fato, muitas pessoas da população de Barra do Garças (P1, 2, 3) quando interrogadas sobre a presença dos Xavante na cidade, têm a ilusão de origem de que expressam o “seu” ponto de vista. Elas se inscrevem no que se pode chamar de juridismo, ou interpelação pelo discurso jurídico.
Pechêux (1975) considera que não existe discurso sem sujeito, nem sujeito sem ideologia. Assim, não é possível entendê-los separadamente. Por mais que trabalhemos a autoria como ilusória, a ideologia como enganadora e o discurso como materialização da ideologia, não podemos desprezar a relação que se estabelece entre eles e o sujeito.