Revista Rua


A máquina corretiva, ou como restituir aos moradores de rua à estrutura: dois modelos de transformação
The corrective machine, or how to restore the homeless people to the structure: two models of transformation

[Carlos José Suárez G.] 
Antropólogo pela Universidad Nacional de Colombia. Endereço postal: Universidad Nacional de Colômbia. Carrera 45 No 26-85 - Edificio Uriel Gutierréz. Bogotá D.C. - Colômbia. Telefone: (571) 316-5000. E-mail: achiscaquin@gmail.com.

---------------------------------------------------------------------------------------

Para citar essa obra:
SUÁREZ G., Carlos José . A máquina corretiva, ou como restituir aos moradores de rua à estrutura: dois modelos de transformação. RUA [online]. 2010, no. 16. Volume 2 - ISSN 1413-2109/e-ISSN 2179-9911  
 
Resumo:
Trata-se de duas análises intimamente ligadas e relacionadas com os moradores de rua da cidade de Bogotá. Na primeira desenhar-se-á, a partir dos trabalhos de Erwin Goffman sobre as formas de interação, as representações sociais que os moradores de rua encarnam, e terminam por defini-los como seres estigmatizados, e portanto, incluídos na categoria de  “exclusão social extrema”. A segunda análise parte da interpretação desta exclusão, seguindo o caminho traçado por Victor Turner, que conforma uma anti-estrutura, uma “excrescência liminóide” da sociedade. As duas análises conjugam-se seguindo a idéia de “máquina corretiva” de Turner, segundo a qual estas pessoas, representadas como malignas, devem ser transformadas ou extirpadas do conjunto da sociedade, tornando-se ao mesmo tempo “puro signo” de um comportamento que não pode ser permitido no espaço das cidades.  
Palavras Chave: moradores de rua; representação social; communitas; violência.  
 
Abstract:
Here I’ll present two analyses intimately bounded and related with homeless people of Bogotá city. The first depicts theirs social representations, based in Erwin Goffman’s works about the interaction forms, and their definition as stigmatized and included as well in the category of “extreme social exclusion”. The second analysis begins with the interpretation of this exclusion and the conformation of an “anti-structure”, following the Victor Turner’s theoretical path, in the very city core. Both analyses conjoined with the “corrective machine” idea of Turner. In the contemporary development of this idea, the homeless people are “evil beings” that must be transformed or extirpated of the social body, reshaped at the same time as a “pure sign” of an unacceptable behavior in the city landscape.  
Keywords: homeless; social representation; communitas; violence.