As Políticas do Consenso

A produção imaginária do consenso produz ao mesmo tempo o ponto de segregação. Considerado um ideal para resolver rupturas sociais e estabelecer políticas chamadas democráticas, o consenso apresenta-se ideologicamente como resultado de sentidos considerados aceitos por todos da sociedade. Como sabemos que nossa sociedade é uma sociedade cuja base é a divisão e a diferença, a partir de uma leitura discursiva dessa condição, desenvolvemos, com o apoio da FAPESP, uma pesquisa cujos resultados apresentaremos no VI Encontro Internacional Saber Urbano e Linguagem. Propomos uma reflexão conjunta sobre o modo como as instâncias administrativas e jurídicas organizam o sentido de consenso concorrendo, ou não, para o apagamento do político como tal. Nas relações sociais, que estão sempre em movimento, os sentidos se dividem, se confrontam, se rompem em novos espaços de significação ainda não experimentados, e demandam práticas que só adquirem sentido e realidade no político.
Pomos assim em discussão as políticas institucionais, as políticas tecnológicas, as políticas culturais, as políticas de ensino, as políticas de esportes, as políticas de língua, mídia e publicidade que estão investidas nos fundamentos das políticas do consenso. Com essa discussão junto a colegas e habitantes da cidade em geral, buscamos compreender como o espaço urbano e os sujeitos que o habitam são significados.  

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