formulações distintas e dispersas que formam em seu conjunto o domínio da memória” (ORLANDI, 1992, p. 90 in GUIMARÃES, 2005a, p. 66).
Na descrição da planta da Vila, as vozes do “Tenente” e do “escrivão” se dão simultaneamente, na medida em que o “Tenente” explica a edificação da Vila, o escrivão vai lavrando a ata, dando corporeidade à linguagem técnica de construção militar e à constituição da imagem do “Tenente” como desenhista responsável pelo projeto, sob a ordem do Governador. Ou seja, um modo de construção da linguagem que “funciona como um conjunto de regularidades, socialmente construídas, que se cruzam e podem ir permitindo mudanças nos fatos sem que isso possa ser visto como desvio ou quebra de uma regra (GUIMARÃES, 2002, p. 17).
Vamos aos recortes: