No Dicionário de literatura brasileira (1969), as obras aludidas de Paulo Barreto são consideradas no verbete crônica, escrito pelo então consultor literário da editora do dicionário, José Paulo Paes, que cita a obra de Afrânio Coutinho (1959) como referência sobre o assunto. Na quarta edição (1997) de A Alma Encantadora das Ruas, Raúl Antelo (2008) confirma as narrativas de Paulo Barreto entre crônicas e reportagem (idem, p.10, 15). Nestor Vitor (1906), por exemplo, que fez a crítica de As Religiões no rio, encarava essa narrativa como sendo reportagem e chegava a reconhecer um defeito corrigível, “fabulações flagrantes”, “o que não é do programa” da reportagem. Ponderava que “João do Rio não é um repórter que tenha chegado a sua profissão pelos caminhos ordinários que levam um homem a seu ofício [...] mas que ele aceitou pela forma mais intelectual e mais brilhante, embora um tanto ou quanto prática, que essa profissão lhe permitia” (idem, p.382, 384, 385). Em Vida Vertiginosa (1911), Paulo Barreto seria “mestre da arte de transformar o jornal em obra de arte” (AMADO, 1911, p.26), mostrava que “o jornalismo leva tudo, com a condição de dele sair a tempo...” (BARRETO, 1911, p.176).
[1] No Dicionário de literatura brasileira (1969), as obras aludidas de Paulo Barreto são consideradas no verbete crônica, escrito pelo então consultor literário da editora do dicionário, José Paulo Paes, que cita a obra de Afrânio Coutinho (1959) como referência sobre o assunto. Na quarta edição (1997) de A Alma Encantadora das Ruas, Raúl Antelo (2008) confirma as narrativas de Paulo Barreto entre crônicas e reportagem (idem, p.10, 15). Nestor Vitor (1906), por exemplo, que fez a crítica de As Religiões no rio, encarava essa narrativa como sendo reportagem e chegava a reconhecer um defeito corrigível, “fabulações flagrantes”, “o que não é do programa” da reportagem. Ponderava que “João do Rio não é um repórter que tenha chegado a sua profissão pelos caminhos ordinários que levam um homem a seu ofício [...] mas que ele aceitou pela forma mais intelectual e mais brilhante, embora um tanto ou quanto prática, que essa profissão lhe permitia” (idem, p.382, 384, 385). Em Vida Vertiginosa (1911), Paulo Barreto seria “mestre da arte de transformar o jornal em obra de arte” (AMADO, 1911, p.26), mostrava que “o jornalismo leva tudo, com a condição de dele sair a tempo...” (BARRETO, 1911, p.176).