Reportagem e Folhetinismo: narrativas infames como poder finalista
Rodrigo Marcelino
Chegamos ao ponto culminante deste esboço -, o critério científico da História, como a ação combinada da natureza e do homem. Duas correntes gerais de estudo constituíram por si sós toda revolução intelectual do século XIX: o grande desenvolvimento das ciências físicas por um lado, e por outro a descoberta dos antigos monumentos do pensar humano, como o sânscrito, as inscrições cuneiformes e hieroglíficas, que vieram a formar o fundamento da crítica histórica. Deu-se então um fenômeno surpreendente; o método da comparação tornou-se a base de todas as ciências, quer as que se ocupam da natureza, quer das que tratam do homem, e assim como o critério histórico entrava no coração daquelas, o senso naturalístico invadia as últimas. É por isso que só o hálito de profundeza cientifica reçuma das páginas de um livro de Biologia de Darwin e de um tratado de Linguística de Schleicher. - É a mesma tendência, o mesmo método histórico-naturalista. (ROMERO, 1880, p.15- 16).