Bomba pra caralho, bala de borracha, censura, fratura exposta
Fatura da viatura, que não atura pobre preta revoltada
Sem vergonha, sem justiça, tem medo de nós
Não suporta a ameaça dessa raça
Que pra sua desgraça a gente acende (a)ponta, mata a cobra, arranca o pau
Tem fogo no rabo, passa, faz fumaça, faça chuca ou faça sol
É uó, (u)ócio do comício em ofício que policia
o comércio de lucros e loucos que aos poucos
Arrancam o couro dos outros mais pretos que louros, os mouros
Morenos, mulatos, pardos de papel passado presente futuro
Mais que perfeito, em cima do muro, em baixo de murro
No morro, na marra quem morre sou eu? Ou sou eu quem mata?