A praça seca é hoje comum nas regiões centrais ou em outras localidades bastante frequentadas. Trata-se de um espaço amplo e vazio, sem assentos nem jardins extensos ou outros pontos que impeçam a circulação dos pedestres. É uma praça multifuncional, que serve para a circulação dos transeuntes e também pode ser equipada e ocupada em grandes eventos, como shows, apresentações, festas, comemorações, feiras, etc.
Geralmente, a praça seca abriga uma multidão diversa, o que é uma característica desses espaços centrais amplos. Frequentam tais espaços sujeitos de procedência variada e não apenas um ou outro grupo comunitário. Com projetos contemporâneos, a praça seca é uma das que são contempladas atualmente.
F. Borba aponta algumas formas e usos que são previstos em projetos de praças na contemporaneidade, dentre os quais salientamos para a praça seca:
"- formalismo gráfico como contraponto à praça ajardinada;
- cenarizações;
- direcionamento do uso para a passagem de pedestres e a circulação, com a criação de
esplanadas e a revalorização da praça seca;
- criação de espaços multifuncionais e adaptáveis, que podem ser utilizados pela população
das mais diversas formas." (ROBBA, 2003, p. 12)
Considere-se ainda que as praças secas vão de par com uma certa tendência à segurança e à vigilância do espaço público, na medida em que ela não favorece, a não ser quando há eventos, a permanência prolongada de sujeitos no local. Ela é observável, iluminada, vigiada por câmeras e não apresenta vegetações ou construções que permitam a comodidade, o pernoite, a ocultação. Se de um lado, traz condições para a segurança, por outro pode levar também à discriminação e à exclusão.
Bibliografia
AULETE DIGITAL – O DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: http://www.aulete.com.br/ru%C3%A3o#ixzz3UbUoZwXK. Acesso em 17 de março de 2015.
NUNES, J. H. Praças Públicas na contemporaneidade: história, multidão e identidade. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, 53(2): 157-168, Jul./Dez. 2011.
ROBBA, F. Praças Brasileiras. 2ª ed. São Paulo: EDUSP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2003.