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Língua Geral
Recebem o nome de língua geral, no Brasil, línguas
de base indígena praticadas amplamente em território brasileiro,
no período de colonização. A língua geral é
uma língua franca. No
século XVIII havia duas línguas gerais: língua geral
paulista, falada ao sul do país no processo de expansão bandeirante
, e a língua geral amazônica ou nheengatú, usada no processo
de ocupação amazônica. Destas duas línguas gerais
somente o nheengatú continua a ser utilizado entre os indígenas
de diferentes etnias, habitantes da região norte do país.
A Gramatica da língoa mais usada na Costa do Brasil,
de José de Anchieta, representa a normatização da língua
falada pelos índios do litoral, antes de se tornar a língua
geral paulista.
A língua tucano também se tornou língua franca da região
do Alto Rio Negro (AM), em meados do século XX, em virtude da presença
das missões salesianas na região, sendo falada por diferentes
nações indígenas: Wanana, Tucano, Dessana, etc).
O kheuól (ou Patoá), falada no extremo norte do
Amapá pelos Karipuna e Galibi, também tornou-se língua
franca.
A expressão língua geral é também
usada genericamente para referir-se aquelas línguas que tornaram-se
línguas de contato intercultural, de colonização, sendo
faladas por índios de diferentes nações, tupi e não-tupi,
por portugueses e descendentes, e por negros escravos africanos. Neste sentido
língua geral é sinônimo de língua franca.
(V.C.)
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